2017, a meta de escrita

Final de ano é tempo de fazer balanço dos resultados alcançados e planejar as metas do ano novo.

Neste sentido, 2017 a meta proposta foi trabalhar a escrita. A princípio era escrever mesmo. O primeiro passo foi criar uma rotina de escrita. Em janeiro, eu fiz o post “Como criar o hábito de escrita?”  com objetivo de sistematizar essa prática no cotidiano. Escrevi quase todos os dias.  Confesso que ainda não conquistei a rotina desejada. Ou seja, independente dos compromissos diários, ter um período sagrado para escrever, ler sobre escrita, fazer exercícios e concluir produtos desse processo de aprendizagem.

De fato, eu foquei o interesse na escrita e procurei escrever mais. Entretanto, quanto mais eu lia sobre a escrita, mais eu pensava em estratégias para aprimorá-la.  Percebi que não adiantava olhar somente para a escrita. Eu precisava ampliar a visão sistêmica da comunicação.   Antes de prestar atenção somente na escrita, estaria mais atenta na leitura, na fala e disponível para escuta.

Este conjunto de pontos a serem observados possibilitariam estar atenta ao vocabulário específico do campo de conhecimento, a construção do argumento, o lugar de fala dos autores, entre tantos outros pontos a serem descobertos e conectados no processo diário da escrita.

Para isso,  fiz um diário de comunicação, onde registrei as  percepções do processo de comunicação.

Nesta etapa, fiz um exercício inicial de abertura do campo de consciência (uma fotografia interna do que eu quero trabalhar). O objetivo principal desse exercício é identificar como está a competência comunicacional na perspectiva sistêmica.  Não é nada fácil observar e ampliar a consciência da própria narrativa e visualizar os emaranhados que bloqueiam o processo de comunicação. Também fiz outros exercícios que eu mesma criei a partir das leituras e percepções.

As principais leituras sobre escrita

Tirando de letra

Chico Moura e Wilma Moura

Este livro é muito bom para qualquer pessoa que deseja melhorar a escrita. A linguagem é muito simples e apresenta excelentes dicas práticas e orientações valiosas.

A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística

Nilson Lage

Este livro traz o universo do jornalismo, que na minha opinião, o jornalista é um investigador por natureza. Gostei muito de visualizar as características das técnicas como pautas, fontes, entrevistador, entrevistado, reportagem e mais especificamente o repórter.

A apuração da notícia

Luiz Costa Pereira Junior

Este livro descreve os métodos de investigação na imprensa. Muito parecido com o anterior.

Guia para edição jornalística

Luiz Costa Pereira Junior

Este livro é super prático. Traz muitas dicas do processo editorial.

Truques da escrita para começar e terminar teses, livros e artigos

Howard S. Becker

Este livro é um relato de um professor de escrita. Na minha opinião, ideal para quem ensina ou quer ensinar escrita.

Escrita criativa o prazer da linguagem

Renata Di Nizo

Eu gostei bastante desse livro. Muitos exercícios e um jeito muito simples de falar sobre a escrita.

Um texto para chamar de seu

Claudia Perrota

Este livro foi o primeiro adquirido, em 2011. Sempre volto nele.

Cada leitura me trouxe  perspectivas e experiências  diferentes e que pretendo aprofundar em 2018. Essa aproximação com o estudo da escrita me fez ver que o amadurecimento vem com a prática diária e não está descolada da leitura, da fala e da escuta.

Para 2018, continuarei investindo na escrita.

Portanto, muita escrita para nós.